Pela primeira vez, na história da forcadagem Nacional, a 29 de Janeiro, o Grupo de Forcados Amadores de São Manços vai atuar na praça de toiros de San Cristóbal, situada na Venezuela.
Sendo assim, o GFASM abre a sua temporada de 2016 integrando a corrida noturna de sexta-feira, inserida na Feira Internacional de San Sebastian. Esta é uma das mais prestigiadas feiras da América do Sul. Partiram já hoje, 25 de Janeiro, os Amadores de São Manços nesta nova aventura rumo à Venezuela.
Os Amadores de São Manços contam já com 5 décadas a pegar toiros. Estreando-se a 24 de Agosto de 1965, na antiga Praça de Toiros de São Manços comandados por Francisco Caldeira Pereira. Após participações em algumas garraiadas e novilhadas, é em 1971 que o testemunho é entregue a Joaquim Azeda. É sob o seu comando que o grupo começa a adquirir notoriedade no meio taurino e começam a pegar toiros nas praças mais prestigiadas do país, assim como em Espanha e França.
Decorre o ano de 1988, aquando do Festival a 24 de Abril, em homenagem a José Jacinto Branco (construtor da praça de toiros e um dos pilares, juntamente com Ilídio Tabuleiros, que contribuíram para a fundação do grupo), onde passa agora Joaquim Carvalho a ser cabo dos Amadores de São Manços.
É no ano de 2000, na Praça de Toiros de Vila Viçosa, que Rui Piteira acolhe a responsabilidade de ser o 4º cabo da história do grupo por mais 9 anos. Finalmente, no ano de 2009, na Praça de Toiros de São Manços, a 29 de Agosto, é sobre Joaquim Branco que cai a árdua tarefa de cabo de um grupo que continua a manter-se nos lugares de destaque, não apenas da tauromaquia Portuguesa, mas também Espanhola e Francesa.
Foi no ano de 2015 que o GFASM comemorou o seu cinquentenário, realizando uma corrida comemorativa inserida nas tradicionais festas de Verão em honra do Senhor São Manços e da Nossa Senhora da Ajuda, assim como uma digressão marcando presença não só em Portugal continental, como também nos Açores e França.
Como em tudo na vida, o grupo já vivenciou bons e maus momentos, mas mantêm-se até aos dias de hoje com a força e dignidade das raízes passadas.
Há toiros que marcam, outros que deixam marcas, mas nada faz parar esses valentes que vestem a honra e os valores da jaqueta e, de cabeça erguida, saltam à arena e, com toda a sua arte e valor, pegam o toiro “naquele abraço”.
Denise Coelho