Ana Batista, Duarte Pinto e Miguel Moura tinham pela frente seis Fernandes de Castro, para serem pegados pelos grupos de Vila Franca de Xira e Ramo Grande, e assim se fez a abertura da mini feira da Palha Blanco.
Touros bem apresentados, mas com má índole, que pouco se deixavam tourear e que muito sacrificaram ambos grupos de forcados.
Ana abriu praça com um bonito exemplar que ouviu aplausos assim que saiu dos curros, mas o touro esteve a adiantar-se à montada e a cravagem correcta foi sem brilho, impedindo a cavaleira de dar volta.
A pega deste touro coube a Pedro Silva, do grupo da casa, que conseguiu fechar-se com o hastado ao segundo intento, numa tarde em que nenhuma pega foi singrada à primeira tentativa.
Com o seu segundo touro, a cavaleira salvaterrense manteve a sua qualidade de cravagem, mas continuou com um oponente de difícil lide que não lhe deu margem para dar a volta à arena vilafranquense.
Para a cara deste touro, pelo Ramo Grande, foi André Lourenço, forcado que tentou cumprir três vezes, tendo acabado por ser recolhido à enfermaria e dobrado por Luís Valadão. que o pegou nesta tentativa.
Duarte teve em sorte um touro retraído, a descair, com sinais de manso, com o qual não houve grande ligação, sendo uma lide correcta, mas sem brilhantismo.
José de Sousa, do Ramo Grande, fez três tentativas até ter sido dobrado por César Pires, que tentou duas vezes antes de conseguir o seu intento, já a sesgo e com as ajudas a carregarem.
No último touro que lidou nesta tarde quente de Vila Franca, este cavaleiro de dinastia encontrou um oponente melhor, que lhe deu a oportunidade para mostrar o seu classicismo na arena e trazer alguma emoção à tarde.
A pega foi efectivada por Luís Valença, do grupo de vila Franca, ao quarto intento.
A tarde foi claramente de Miguel Moura, que na sua primeira actuação teve dos melhores do curro e que soube aproveitar bem, abrindo a lide com uma sorte de gaiola, gerou burburinnho e cativou o público para uma lide correcta e alegre, bem ligadas as sortes e com cravagens certeiras.
E no seu segundo touro não foi muito diferente, sendo que a diferença que houve é que foi melhor. Repetiu a sorte gaiola, manteve o touro consigo o mais que pode e teve sortes bem desenhadas e bem concretizadas.
As pegas foram, respectivamente, realizadas por Rafael Plácido, de Vila Franca, que consumou à segunda tentativa; e por Manuel Pires, do Ramo Grande, que se fechou com o touro ao quarto intento.
De realçar a raça de Miguel, que no último touro cravou um ferro de palmo com o polegar deslocado!
Sílvia Vinhas