A tarde da Liberdade no Sobral foi muito prazenteira, com três novilhos de Alves Inácio para os jovens cavaleiros Joaquim Brito Paes, António Ribeiro Telles filho e Tristão Ribeiro Telles, com pegas a cargo dos mais jovens do grupo de Alcochete.
A pé tivemos três Varela Crujo, tendo o primeiro dado volta ao ganadero após a lide de Curro Diaz.
Brito Paes teve um oponente difícil de interpretar, distraído e com pouco jogo. Mesmo assim mostrou-se desenvolto e teve ganas de tirar tudo o que podia ao difícil oponente.
A pega, ao primeiro intento, foi efectuada por António Maria Pinto.
Ribeiro Telles entregou-se na lide de outro distraído, este mais reservado apesar de ter permitido ao jovem da Torrinha colocá-lo para cravar com brio.
A pega foi de Henrique Teixeira Duarte, consumada na primeira tentativa.
Para Tristão coube o melhor do curro, embora não fosse particularmente prestável, aproveitou-o dando tudo o que podia e conquistou a moldura humana do Sobral com a lide mais homogénea da tarde, e em particular, com os dois violinos e ferro de palmo com que finalizou a actuação.
Para a cara deste novilho foi João Moniz, que se fixou com ele no segundo intento.
Foi a segunda parte do tradicional festival que trouxe o brilho desta tarde taurina.
Curro Diaz começou com chave de ouro, pois encontrou-se diante um adversário excelente em todos os tércios.
Aproveitou e deu a desfrutar sobretudo na flanela rubra. A volta do ganadero foi justificada.
Manuel Dias Gomes teve a “rolha”. Um novilho manso e dê arreões, que não lhe permitiu muito, apesar de alguns apuntes da elegância do toureiro, que chegou a levar uma voltareta sem consequências.
O jovem que toma alternativa na Feira de Sevilha no dia 7 de Maio, Manuel Perera, saiu à praça trajando de mexicano.
No capote teve pouco para nos dar e não bandarilhou, mas na muleta arrancou de joelhos com um astado que tinha pata e atitude.
Levou-o patacos médios para no proporcionar excelentes passes e emoção, marcando a tarde com o seu triunfo , o maior do festival.
Sílvia Vinhas