Rui Salvador e Ana Batista foram os protagonistas de um mano-a-mano em Tomar, onde o ginete da terra levava, à partida, a vantagem. Contudo, a lide da cavaleira salvaterrense aos seus dois oponentes foi de tão grande nível que não podia deixar de se lhe reconhecer o triunfo nesta noite de frio em Tomar.
A Praça José Salvador podia ter mais público, mas estava bem composta para assistir à trilogia touros, fado e flamenco, com um cartel composto, além dos cavaleiros mencionados para touros de Prudêncio, os grupos de Tomar e de Turlock; no fado ouviu-se Teresa Tapadas, António Pinto Bastos e Lenita Gentil; para bailar flamenco tivemos o grupo de Joaquín Moreno.
Rui Salvador teve duas lides de grande nível, em que se adaptou a cada touro que teve pela frente, destacando-se no primeiro. Embora no seu último touro se tenha agigantado nos últimos ferros, teve uma excelente primeira lide, a transmitir elegância e sorrisos pela boa brega e cravagem exemplar.
Ana Batista provou que está num momento de excelência na sua carreira, ante o seu primeiro oponente cravou bem, bregou elegantemente e manteve um toureio com a sua assinatura sem qualquer margem para dúvida. No último da noite também saiu muito por cima do Prudêncio, mantendo o grande nível da sua lide anterior apesar do touro gerar menos ligação.
As pegas de Tomar estiveram a cargo de Joel Santos, ao segundo intento, e Daniel Leiria, ao terceiro. Por Turlock foram à cara David Sanches, que se fechou à primeira tentativa, e Patrick Rocha à segunda.
Silvia Del Quema