Os touros de Passanha não desiludiram ninguém na Nazaré, permitindo aos três cavaleiros da noite – Marcos Bastinhas, Duarte Pinto e Francisco Palha – bons momentos de toureio nas suas lides e aos grupos de forcados – Santarém e Beja – pegas duras.
Bastinhas trouxe desde logo emoção à arena, com uma brega vistosa e sentindo a sua lide o suficiente para a rematar com um palmito e o par de bandarilhas que são a assinatura da dinastia que representa. Na segunda lide, manteve o nível e acrescentou momentos de arte equestre.
Duarte Pinto trouxe ao Sítio um toureio clássico e com classe, cravou bem e com ambas lides mostrou-nos uma maneira de estar em praça que muito honra a dinastia que representa. Foi extremamente equilibrado assistir ao seu toureio depois do de Bastinhas, pois são dois estilos distintos e ambos com arte bem exaltada, em cada um dos cânones em que se encaixam.
Francisco Palha teve a vantagem de encaixar tanto o estilo de cravagem mais clássica com a brega mais emocionante. Foi a belíssima cravagem em ambas lides e muito em especial a série de quiebros a que assistimos no último touro, que lhe deram o estatuto de triunfador da noite.
As pegas de Santarém foram realizadas por Francisco Cabaço, à segunda tentativa, Francisco Paulos, à primeira, e Manuel Almeida também à primeira. Já por Beja, foram à cara, Luís Eugénio, ao quarto intento, Francisco Patanica, ao segundo, e José Fialho tentou duas vezes, ficando, lesionado e acabou por ser dobrado por Tiago GRaca que se fechou com o touro ao primeiro intento.
Sílvia Del Quema