A Festa de Toiros defendida como até agora não havia acontecido, interpretada pela óptica do iminente etnólogo e sociólogo Professor Doutor Moisés Espírito Santo, é outra das temáticas que pode encontrar no último número da Revista EQUITAÇÃO (n.º 83, Março/Abril).
Ana Paula Oliveira (chefe de redacção) e Dr. João Carrinho trazem até si uma entrevista para ler de um só fôlego.
Para que veja que não é publicidade enganosa, aqui ficam alguns excertos das palavras de Moisés Espírito Santo.
“As questões da protecção dos animais são pieguices da sociedade moderna e estão relacionadas com a domesticidade. As pessoas estão fechadas em casa com o gato e o cão e depois alastram a todos confundindo-os com os domésticos.”
“Certa vez pediram-me para comentar a situação da Festa de Barrancos, na altura em que a morte dos toiros ainda era proibida. Referi que aquilo era o fascismo moderno e urbano que impõe esses estereótipos aparentemente muito bonitos às pessoas que nada tem a ver com esses conceitos.”
“Modernamente a instrução dos jovens não aponta para a ideia de virilidade ou feminilidade, por isso entranham-se as lutas anti-touradas, visto que a educação actual é virada para o hedonismo mais para efeitos de relacionamentos sociais eróticos em vez de ostentação pela força. Depois orientaram-se as capacidades desportivas para actividades mais pacíficas, como o futebol, que comparado com a tourada é uma coisa sensaborona.”
“O mundo rural está a perder os valores porque foi invadido pela cultura da facilidade, passividade e domesticidade. O resultado é o desprestigio da hombridade, da honra colectiva, da coragem, factores ligados ao conceito da Festa de Toiros.”
Abriu-lhe o apetite? Leia já a Revista EQUITAÇÃO para não perder pitada!